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PF deflagra operação contra quadrilha especializada em desvio de armas para o crime organizado

Força-tarefa envolve PM e Gaeco de Pernambuco e Bahia, além de integrantes do Exército.

Por André Miranda

21/05/2024 às 06:50:26 - Atualizado há
Foto: Governo Federal
Força-tarefa envolve PM e Gaeco de Pernambuco e Bahia, além de integrantes do Exército. Foram expedidos 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão na Bahia, Pernambuco e Alagoas. Uma força tarefa comandada pela Polícia Federal da Bahia deflagrou nesta terça-feira (21) uma ação para desarticular uma grande organização criminosa formada por diversos policiais militares dos Estados da Bahia e Pernambuco, além de CACs e comerciantes de armas e munição.

A investigação descobriu um esquema multimilionário de venda ilegal de armas e munições para as maiores facções criminosas da Bahia, Pernambuco e Alagoas.

De acordo com as apurações, uma quantidade enorme de munições e armamentos foi desviada para facções criminosas por meio de um esquema fraudulento de inserção de informações falsas nos sistemas oficiais de controle e fiscalização.

???? A justiça baiana expediu 20 mandados de prisão preventiva e 33 de busca e apreensão na Bahia, Pernambuco e Alagoas.

Um sargento da PM de Petrolina (PE) movimentou, segundo o Coaf, aproximadamente R$ 2,1 milhões em um período de pouco mais de seis meses entre os anos de 2021 e 2023, "totalmente incompatíveis com os seus rendimentos de Sargento da Polícia Militar."

Ainda de acordo com um dos investigados, que firmou acordo de delação premiada, o grupo comandado por este sargento da PM "chegava a vender cerca de 20 armas de fogo por mês".

Foi determinado também o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão da atividade econômica de três lojas de venda de material bélico.

Participam da operação mais de 300 Policiais Federais, grupos táticos da Polícia Militar da Bahia, Polícia Militar de Pernambuco, além de promotores do Gaeco da Bahia, Gaeco de Pernambuco e integrantes do Exército.

A decisão judicial que autoriza a operação diz que a quebra de sigilo telefônico e telemático dos investigados apontou de forma clara uma organização criminosa especializada no comércio ilegal de armas de fogo, munições e itens balísticos, constando que armas de fogo de uso restrito, como fuzis e espingardas calibre 12 semiautomáticas, também são negociadas pelo grupo criminoso.

Ainda segundo as investigações, esses armamentos são utilizados frequentemente em assalto a carros fortes e instituições financeiras, além de serem empregados em ações denominadas domínio de cidades, modalidade conhecida como "novo cangaço".
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