G1 - PolÃtica
Escolhido pelo governo federal para atuar diretamente no Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta rebateu críticas de que estaria atuando de olho nas eleições de 2026. Paulo Pimenta e Lula.Ricardo Stuckert/Presidência da RepúblicaO ministro extraordinário da Reconstrução falou ao blog nesta quinta-feira (16) e rebateu as críticas sobre sua escolha para o cargo. Para Pimenta, as falas que apontam a atuação dele no cargo como uso político e de que estaria de olho em 2026 são infundadas e "de quem não o conhece".Pimenta é apontado como pré-candidato ao governo do Estado em 2026 - mas, segundo o blog apurou, o plano é sair para o Senado. Ele disse ter uma "excelente relação "com o governador Eduardo Leite (PSDB) e prefeitos. "Tenho excelente relação com Leite e prefeitos, nunca perguntei partido e vou seguir assim. Sou político? Sou político. Assim como Leite e prefeitos, mas agora é separar as coisas e reagir de forma institucional". Nesta quarta (15), o blog mostrou críticas do PSDB ao PT pela escolha de Pimenta por temerem que a polarização se acirre. Pimenta diz entender as críticas - mas que o "tempo vai mostrar" que ele está no Sul para cumprir missão de ajudar ao povo gaúcho, em integração com governador e prefeituras.Fonte do governo diz que a estimativa da nova pasta é de que os projetos desenvolvidos junto aos ministérios sejam aprovados entre 4 e 6 meses. Após o encaminhamento desses projetos, o blog apurou que o desejo de Pimenta é retornar à Secom.Primeiros compromissosPaulo Pimenta embarcou em helicóptero da Marinha ao lado do ministro Waldez Góes.DivulgaçãoNa função, a primeira agenda como ministro foi ir até Rio Grande (RS) na noite desta quarta para uma reunião de trabalho no Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, maior embarcação da Marinha do Brasil e que apoia as operações de salvamento e de infraestrutura a partir da cidade de Rio Grande (RS).A reunião envolveu todo o comando da Marinha que atua na operação Taquari 2, atuando na parte de salvamento, apoio e donativos.Nesta quinta, Pimenta se reúne com os prefeitos da região metropolitana, como Guaíba, Eldorado e São Leopoldo para discussão de plano emergencial nesses municípios. O ministério extraordinário trabalha ainda para definir a sede no Rio Grande do Sul, que deve ser em algum prédio federal.Uma fonte no novo ministério aponta que atuação deve ocorrer em três frentes:relação com o governo estadual;relação com as prefeituras;articulação com os diferentes órgãos de governo.O governo planeja desenvolver metas junto aos ministérios para reconstruir os serviços essenciais. Essa fonte cita que conversas que devem ser feitas com os ministérios da Saúde, Infraestrutura, Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Portos e Aeroportos, Educação, entre outros."O presidente Lula quer fazer um grande estudo definitivo para que essa situação não se repita", diz essa fonte.O governo garante que o ministério vai ter uma estrutura técnica, com a finalidade de acompanhar os projetos de outros ministérios e orientar as prefeituras. "Não é um ministério executor, mas de formulação, coordenação e articulação das ações do governo", completa.