Presidente se reuniu com engenheira no Palácio da Alvorada em abril. Durante a conversa, os dois discutiram investimentos e transição energética. Magda Chambriard em 2015, enquanto ocupava a diretoria-geral da ANP
Tânia Rêgo/Agência Brasil
O presidente Lula (PT) convidou a engenheira Magda Chambriard para a presidência da Petrobras em abril, durante um encontro discreto feito no Palácio da Alvorada. No entanto, a divulgação do nome dela para o comando da empresa ocorreu somente na terça-feira (14), quando Lula se encontrou com Jean Paul Prates para avisá-lo de que precisaria do cargo.
A troca ainda precisa ser validada pelo Conselho Administrativo da Petrobras. A estatal publicou um comunicado aos investidores oficializando o encerramento antecipado do mandato de Prates e a indicação de Magda para o cargo.
A saída de Prates da estatal já era esperada. Antes de a demissão ser confirmada, outros nomes chegaram a ser cotados, como o do atual presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
No caso de Mercadante, ele chegou a conversar com Lula sobre o assunto. Dias depois, veio a público uma informação de que o presidente do BNDES teria se encontrado com Prates e afirmado que havia sido sondado para a estatal. O vazamento deixou Lula incomodado e levou o presidente a engavetar a ideia de convidar Mercadante.
Já o nome de Magda havia aparecido durante a transição do governo, em 2022, quando ela integrou a equipe de Minas e Energia. O fato de ela ser funcionária de carreira, com experiência de mais de 20 anos na Petrobras, pesou.
Durante a conversa com Magda em abril, Lula citou investimentos da estatal e falou sobre o plano de transição energética. Os dois também debateram formas de fazer com que a empresa continue crescendo.
Aliás, um dos pontos que pesou para a saída de Jean Paul Prates foi a avaliação de que ele deixou a desejar no que diz respeito aos investimentos da companhia, especificamente na indústria naval, por exemplo.
A ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli foram consultados por Lula sobre a indicação de Magda. A engenheira, inclusive, foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) durante o governo Dilma.
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