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Governo vai lançar pacote de ajuda ao RS, com crédito para reconstrução de casas, diz Haddad

Ministro da Fazenda falou sobre medidas de socorro à população gaúcha, atingida por fortes chuvas nos últimos dias.

Por André Miranda

06/05/2024 às 21:29:21 - Atualizado há
Foto: G1 - Globo
Ministro da Fazenda falou sobre medidas de socorro à população gaúcha, atingida por fortes chuvas nos últimos dias. Governo também prepara um tratamento diferenciado para a dívida do estado com a União. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (6) que o governo deve lançar um pacote de ajuda ao Rio Grande do Sul, que inclui linhas de crédito bancário para reconstrução de moradias destruídas pelas fortes chuvas e enchentes.

"A questão do crédito, vai ter que ter uma linha de crédito específica para reconstrução de casas das pessoas, nem todo mundo, a maioria das pessoas não tem cobertura de seguros, então isso tudo vai ter que ser visto", declarou.

Haddad confirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa e o Banco do Brasil podem ser agentes de distribuição dessas linhas de crédito. O ministro tem reunião na terça-feira (7) com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros

A intenção é apresentar alguns cenários ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na terça-feira (7) e fechar os detalhes do pacote no dia seguinte (8).

Segundo o ministro, o pacote também inclui o diferimento da cobrança de impostos para empresas no estado. Ou seja, o adiamento dos prazos para pagamento.

Dívida do estado

Além disso, o governo também prepara um tratamento diferenciado para a dívida do Rio Grande do Sul com a União. "É um caso totalmente atípico e precisa de um tratamento específico", disse.

De acordo com Haddad, a dívida do estado vai ser tratada de forma faseada. Isso, inclusive, já teria sido discutido com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.

Porém, em uma segunda fase, o endividamento do Rio Grande do Sul seria discutido junto à renegociação da dívida dos estados, em análise pelo governo federal.

"Inclusive foi objeto de conversa nossa do Executivo com o Legislativo, junto ao presidente Lira e ao presidente Pacheco, que nós íamos dar um tratamento emergencial para essa questão e isso não ia nos impedir de depois, na segunda fase, continuar as tratativas em torno disso", declarou.

O governo também discute a abertura de crédito extraordinário --alocação de recursos extras para atender a despesas inesperadas e urgentes.

Contudo, Haddad disse que o crédito será "bem centralizado para nós não perdermos a governança". Para utilizar os recursos, segundo o ministro, será preciso aprovação do governo e do Congresso.
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