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Alckmin diz que Brasil está livre da febre aftosa e não precisará mais vacinar rebanhos

Declaração foi dada nesta quinta-feira (2) no Palácio do Planalto.

Por André Miranda

02/05/2024 às 18:44:23 - Atualizado há
Foto: G1 - Globo
Declaração foi dada nesta quinta-feira (2) no Palácio do Planalto. Uma portaria reconhecendo a situação foi publicada nesta manhã no Diário Oficial da União (DOU). O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, anunciou nesta quinta-feira (2), que o Brasil está livre da febre aftosa e que não há mais a necessidade de vacinação dos rebanhos contra a doença.

O pronunciamento foi feito no Palácio do Planalto, em Brasília. Mais cedo, uma portaria foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) reconhecendo a situação.

"Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou de ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, que é um estágio extremamente elevado em sanidade animal e de boa defesa agropecuária", afirmou Alckmin.

Estudo aponta que não há circulação de febre aftosa nos rebanhos do Tocantins

Dessa forma, a imunização dos rebanhos foi suspensa em todas as unidades da federação.

Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária antecipou a última campanha de imunização nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte — que ainda não tinham o reconhecimento do fim da doença.

A expectativa agora é conseguir antecipar o reconhecimento internacional dessas áreas, o que pode facilitar aberturas de mercados. A meta do Brasil é ser reconhecido internacionalmente totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.

O secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, afirmou que, em agosto, o Ministério deve enviar os resultados da suspensão da vacinação do Brasil para a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) e que há a expectativa de conclusão da auditoria do órgão até maio de 2025.

"Este talvez seja o desafio mais difícil que o Brasil tomou em décadas", afirmou o secretário Goulart.

Já o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que, com a decisão, o Brasil poderá entrar em "um patamar antes não acessado" como é o caso do Japão e da Coreia do Sul.

"O que significa isso? Não é o fim de um processo, é o início de um processo que o Brasil troca de patamar, num grupo de elite sanitária mundial, que é muito mais difícil de se manter nessa elite. Pela lógica, você retirando a vacina nós ficamos mais vulneráveis, mas com dedicação nós vamos atingir mercados muito exigentes. A partir do reconhecimento da Omsa, nós vamos poder vender para Japão, Coreia do Sul e que poucos países do mundo conseguem acessar", afirmou Fávaro.

O ministro também destacou que, a partir desse reconhecimento, novas oportunidades comerciais também irão surgir.

"O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade mundial. Tão almejada. Isso nos gera muitas oportunidades comerciais. Os mercados mais exigentes vão estar então abertos para o Brasil, os mercados mais remuneradores. Mas se manter com esse status, ao retirar a vacina, a vacina é um facilitador para nós estarmos livres de férbica e fitose. Por isso, será um esforço ainda maior da união dos estados, dos municípios, dos pecuaristas, para que a fiscalização, as atitudes sanitárias sejam mudadas de patamar", pontuou.

Os estados do Acre, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rondônia bem como partes do Amazonas e Mato Grosso já têm o reconhecimento internacional da Omsa, e também não vacinam seus rebanhos.

Para conquistar o reconhecimento internacional, a Omsa exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses.

Dessa forma, a portaria publicada nesta quinta também frisa essa exigência, ao estabelecer restrições na movimentação de bovinos e bubalinos entre os estados que já tinham reconhecido o fim da doença e os que reconheceram apenas agora. Isso também vale para produtos obtidos a partir desses rebanhos.

Também fica proibido o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas.
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