Menina de 3 anos morreu no Rio de Janeiro após ser atingida por tiros de agentes durante abordagem da PRF. Órgão vai investigar agentes que foram ao hospital em que ela ficou internada. O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Souza Oliveira, disse que a morte da menina Heloísa dos Santos, de 3 anos, atingida por tiros durante abordagem de agentes da corporação, representa uma "dor" para a PRF.
O diretor-geral também disse que pretende implementar uma mudança na atuação da corporação, para evitar abordagens que terminem em mortes.
"É uma dor institucional quando nós perdemos uma vida. Qualquer que seja o fato gerador dessa perda. Quando vem de um equívoco nosso, logicamente, ela ainda é maior", disse Oliveira em uma entrevista coletiva em Brasília.
"Nós estamos fazendo não só um curso de reciclagem. Nós estamos fazendo um estudo para mudança da doutrina de atuação da Polícia Rodoviária Federal. Inclusive, já marcada para o próximo mês, uma audiência pública. Porque nós queremos escutar a sociedade também, no redesenho dessa doutrina", completou.
Justiça nega prisão dos 3 agentes da PRF envolvidos na morte de Heloísa
Investigações sobre agentes
O diretor-geral ressaltou que a corregedoria da PRF vai investigar a conduta de agentes que estiveram no hospital em que Heloisa ficou internada por seis dias antes de morrer.
"Por conta do surgimento da notícia que um agente da PRF esteve no hospital, à paisana, sem que fosse demandado para aquilo. Então, nós temos sim procedimento aberto para se apurar o porquê que ele foi e com que finalidade", disse Oliveira.
Uma tia da garota prestou depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) na Baixada Fluminense e afirmou que 28 agentes da corporação estiveram no hospital logo após o incidente — e que um deles a intimidou.