Sandro Silva Rabelo, o Sandro Louco, está preso no MT com 15 condenações por homicídio, latrocínio e roubo. Documento falso foi incluído no sistema da Justiça e consta em investigação que envolve deputada Carla Zambelli. Sandro da Silva Rabelo, conhecido como Sandro Louco
TV Centro América
O hacker Walter Delgatti incluiu um falso alvará no sistema da Justiça para soltar um preso integrante da facção criminosa Comando Vermelho condenado a mais de 200 anos de prisão.
A informação consta em denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que denunciou Delgatti e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pela invasão do site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Zambelli foi denunciada como mandante do crime.
De acordo com a PGR, Delgatti invadiu outro sistema da Justiça (o Sistema Eletrônico de Execução Unificado – SEEU) e incluiu um documento para libertar Sandro Silva Rabelo, o Sandro Louco, que está preso em Mato Grosso e é tido pela polícia local como um dos líderes da facção Comando Vermelho.
Sandro Louco cumpre mais de 200 anos de prisão por conta de 15 condenações. Entre os crimes cometidos estão homicídio, latrocínio, sequestro, porte de arma, roubo e organização criminosa.
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Ao blog, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso confirmou que Sandro Louco permanece preso, mas não detalhou se o alvará chegou a constar no sistema ou em qual momento foi percebido que se tratava de um documento falso.
Delgatti também incluiu alvará para a soltura de três presos no Distrito Federal. O blog acionou o Tribunal de Justiça do DF mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
"Os alvarás de soltura, portanto, foram elaborados a partir de invasão a sistema do CNJ. Não obstante terem sido gerados no âmbito do sistema competente, o conteúdo é falso, já que não houve o prévio regular procedimento interno, nem a assinatura real da autoridade competente", diz a PGR, em denúncia contra Delgatti.
Segundo o órgão, Delgatti invadiu o site do CNJ "maneira livre, consciente e voluntária, sob comando da senhora Carla Zambelli" e "emitiu documentos ideologicamente falsos, com o fim de prejudicar valores juridicamente protegidos".