Levantamento mostra que 42% dos entrevistados consideram que atuação na saúde e na segurança pública é ruim ou péssima. Pesquisa Ipec divulgada neste domingo (21) mostra avaliação das diferentes áreas da administração do governo Lula.
Os resultados apontam que a atuação na educação é a única que acumula mais avaliações positivas do que negativas.
As ações na área da educação são consideradas ótimas ou boas por 38% dos entrevistados. Já 31% consideram a atuação ruim ou péssima e 28% classificam como regular.
O combate à inflação foi a área mais mal avaliada. A pesquisa mostra que 46% julgam as medidas do governo para conter o aumento dos preços como ruins ou péssimas. O valor é o dobro do percentual que acredita que a atuação é boa ou ótima (23%).
Os resultados também mostram que a avaliação é negativa com relação à segurança pública e à saúde. Os dados apontam que 42% consideram a atuação do governo como ruim ou péssima em ambas as áreas.
O levantamento foi realizado entre os dias 4 e 8 de abril, com 2 mil pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Alta nos preços
Ainda considerando o tema da inflação, o pior na avaliação dos entrevistados, a pesquisa questionou a respeito dos gastos dos brasileiros com itens essenciais.
Para 79% o preço dos alimentos aumentou nos últimos meses. Apenas 9% acreditam que os valores tiveram queda.
A percepção é semelhante com relação às contas de água, luz e gás: 76% consideram que houve alta nos últimos meses.
A avaliação sobre os preços dos combustíveis e aluguel também foi mapeada pelo Ipec. Entre os entrevistados, 66% entendem que os valores dos aluguéis apresentaram alta e 61% vê aumento no preço dos combustíveis.
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados em março, o país tem uma inflação acumulada de 3,93% em 12 meses.
Expectativas de melhora na economia
Apesar da avaliação negativa às ações de combate à alta de preços, os brasileiros ainda são otimistas com relação à melhora do cenário econômico.
De acordo com a pesquisa, 40% consideram que a situação econômica do país vai estar melhor nos próximos seis meses. O percentual é superior ao dos que acreditam que a economia pode ter resultados negativos nesse período (31%).