A diplomacia brasileira está atuando de forma distante e indireta na articulação para conter um contra-ataque de Israel contra o Irã, a partir das movimentações do fim de semana.
No sábado (13), o Irã lançou mais de 300 mísseis e drones contra Israel – e afirmou que fez isso em resposta a um ataque anterior israelense: o bombardeio à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, em 1º de abril, quando sete pessoas morreram.
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EUA, França e Reino Unido: quem ajudou Israel no combate aos ataques do Irã
Em fevereiro, Israel declarou Lula "persona non grata"após o presidente do Brasil comparar ações de Israel na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus na Segunda Guerra.
Israel expôs o embaixador brasileiro e escolheu uma forma inusual de decidir mostrar contrariedade com Lula, fazendo tudo em público.
As relações entre Brasil e Israel ficaram estremecidas. Com isso, o Brasil decidiu que não terá protagonismo nesse debate – ou seja, vai ativar seus instrumentos diplomáticos de uma forma mais indireta.
Segundo diplomatas, o Brasil está instando os países que têm abertura de diálogo com Israel para fazer frente a um possível contra-ataque israelense.
Israel derruba 99% dos drones e mísseis do Irã e discute retaliação
Ataque inédito
Israel foi alvo de um ataque inédito do Irã. Mais de 300 artefatos, incluindo drones e mísseis, foram lançados contra o país.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos artefatos lançados. Entretanto, a mídia iraniana disse que mísseis conseguiram furar a proteção israelense.
No domingo (14), o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para falar sobre o bombardeio.
A ofensiva do Irã é uma retaliação ao ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria no início do mês – veja aqui a cronologia do caso.
Rivais de longa data, Israel e Irã travam um duelo sangrento cuja intensidade varia conforme o momento geopolítico. Teerã é contra a existência de Israel, que, por sua vez, acusa o país inimigo de, movido pelo antissemitismo, financiar grupos terroristas. Com a guerra em Gaza, a situação só piorou.
Militares do Irã ameaçaram uma ofensiva ainda maior se Israel contra-atacar. O governo iraniano também disse que pode atingir bases dos Estados Unidos caso Washington apoie uma retaliação israelense.