Saúde Rio Claro

Qualidade do ar em Rio Claro está acima do limite recomendado pela OMS

O relatório produzido pela World Air Quality revelou que a qualidade do ar na cidade de Rio Claro está acima do limite recomendado pela OMS.

Por Redação

04/04/2024 às 14:27:40 - Atualizado há
Foto: Conexão123.

Um relatório produzido pela World Air Quality revelou um dado bastante problemático da cidade de Rio Claro: a qualidade de ar da cidade está entre as piores do país.

A empresa localizada na Suiça produz esse relatório para examinar a qualidade do ar de diversos países, incluindo o Brasil.

No ranking efetuado anualmente, apesar da melhora do ar comparada aos anos de 2020 e 2021, a qualidade piorou comparada ao ano de 2022. Em 2023, o índice atingiu o número 15,5, excedendo entre 3 e 5 vezes o parâmetro estabelecido pela OMS.

Rio Claro fica a frente de cidades como São Paulo e Campinas, por exemplo. Apesar da Prefeitura manter programas relacionados ao plantio de árvores ativos, assim como a coleta de lixo e a coleta seletiva funcionando com regularidade, os números continuam acima do desejável.

Algumas coisas podem explicar os motivos dos índices serem bastante preocupantes: a série histórica dos últimos 10 anos abre um alerta para a capacidade de produção de poluição para Rio Claro e Santa Gertrudes. Anos atrás, um plano para diminuir a poluição gerada pelo polo cerâmico foi estabelecido em parceria com a CETESB, que confirmou no mesmo ano que Rio Claro era a única cidade do interior paulista a ter a qualidade de ar considerada muito ruim.

Posto isso, o plano da CETESB e do polo cerâmico surtiu efeito aos padrões nacionais, porém, aos padrões internacionais, indicados pela OMS, a situação está longe de ser boa.

Uma professora da UFSCAR coordenou uma pesquisa sobre o assunto e relatou que 27% das partículas encontradas no ar da cidade é proveniente de queima de biomassa, 28% é por conta da poeira e outros 18% são provenientes de gases, como a fumaça de carros.

Nessa mesma pesquisa, a professora relatou que quanto menor a partícula de poluição, maior o risco de gerar doenças - afinal, essa partícula é absorvida mais facilmente, porém o seu processo de eliminação é mais difícil, sendo assim, uma explicação plausível para o número de mortes precoces: 35 mortes precoces em uma área de 100 mil habitantes, portanto, cerca de 70 óbitos anuais poderiam ser evitados se a qualidade do ar fosse melhor.

A OMS indica que 90% da população está em contato com concentrações de poluentes acima do limite recomendado e que esse processo de exposição pode causar ressecamento de mucosas e da pele, olhos e nariz irritados, complicações respiratórias e podem também levar à morte, por doenças crônicas.


Fonte: G1 - São Carlos e Araraquara
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