G1 - PolÃtica
Segundo o grupo, deputado que vai comandar colegiado temático 'não tem atuação' na área e 'profundidade' para conduzir debates. A Frente Parlamentar Mista de Educação divulgou nesta quinta-feira (7) uma nota em que manifesta preocupação com a eleição do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) para comandar a Comissão de Educação.Alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, Nikolas é réu num processo que envolve transfobia e contesta a obrigatoriedade de vacina para matrícula escolar.A Frente Parlamentar Mista da Educação é um grupo pluripartidário formado por deputados e senadores com foco no debate de questões ligadas à educação. A Câmara dos Deputados instalou 19 das 30 comissões permanentes da casaA nota destaca que Nikolas não tem atuação na área ou "profundidade" para conduzir os trabalhos em um tema considerado central para o desenvolvimento do país."A condução do deputado Nikolas Ferreira à Comissão de Educação é ainda motivo de especial inquietação, considerando a discussão de matérias importantes para o ano de 2024, dentre as quais citamos o Novo Ensino Médio, o Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional da Educação", diz o texto.Na Comissão de Educação são debatidas pautas estruturantes sobre o sistema educacional do país antes de chegarem ao plenário.Por isso, ressalta a Frente Parlamentar, o colegiado deve estar "seriamente comprometido com o avanço e a melhoria da educação"."A sua liderança precisa refletir o engajamento necessário com a urgência e a seriedade que o tema requer, em prol do futuro de milhões de brasileiros. O momento exige um diálogo construtivo e ações efetivas que estejam alinhadas com as necessidades reais do País".DesafiosO deputado assume a Comissão de Educação em meio a desafios do setor. Entre os citados pela Frente Parlamentar estão:a melhoria da infraestrutura das escolas, especialmente nas regiões mais vulneráveis;a valorização e a formação docente, essencial para a elevação do nível de aprendizado dos nossos estudantes.a melhoria da aprendizagem dos alunos e a redução do abandono e da evasão escolar.a expansão do atendimento das creches. Painel de monitoramento do INEP mostra que apenas 37,3% das crianças de 0 a 3 anos tinham acesso em 2022.