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Sob a presidência do Brasil, Conselho de Segurança da ONU se reúne nesta sexta para discutir situação em Gaza

Reunião foi antecipada a pedido do Brasil; presidente Lula quer a criação de um corredor humanitário entre Gaza e Egito.

Por André Miranda

13/10/2023 às 00:25:20 - Atualizado há
Reunião foi antecipada a pedido do Brasil; presidente Lula quer a criação de um corredor humanitário entre Gaza e Egito. Segundo o governo, sugestão foi bem recebida pelo secretário-geral da ONU. Brasil convoca reunião do Conselho de Segurança da ONU

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai se reunir na tarde desta sexta-feira (13), em Nova York, para discutir questões humanitárias relacionadas à guerra na Faixa de Gaza.

O conselho, neste mês de outubro, é presidido pelo Brasil. A presidência é rotativa, e o conselho tem 5 membros permanentes e 10 itinerantes (veja mais abaixo quem são).

A reunião do órgão seria na semana que vem, mas, a pedido do Brasil, o encontro foi antecipado. A Faixa de Gaza vem sendo bombardeada por Israel desde o fim de semana, quando o grupo terrorista Hamas fez ataques no território israelense.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai presidir a reunião em Nova York. Em entrevista à GloboNews, Vieira informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mobilizou nos meios diplomáticos para que houvesse a antecipação da sessão do conselho de segurança.

Lula, segundo Vieira, defendeu nos últimos dias que o órgão deve debater questões humanitárias na Faixa de Gaza e a criação de um corredor humanitário ligando a região ao Egito, para facilitar a saída de pessoas e a entrada de alimentos, água e remédios.

De acordo com Vieira, a proposta de Lula agradou ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que deu apoio à antecipação da reunião.

"O presidente Lula lançou a ideia, disse da importância de evacuar crianças, idosos, pessoas com deficiência, evidentemente pensando em brasileiros e nas outras nacionalidades", afirmou o ministro.

"O próprio secretário-geral Antonio Guterres entrou em contato para dizer que era o caminho certo e uniu esforços para antecipar a reunião do conselho", continuou Vieira.

Ligados a esse tópico principal, a reunião também deve discutir os seguintes temas:

ameaças à segurança e à paz mundial

desdobramentos do conflito no Oriente Médio

O ministro disse que há a expectativa de divulgação de um documento após a reunião do conselho de segurança. Ele informou que pode ser um texto assinado apenas pela presidência ou pelo colegiado todo.

Reféns

"A questão dos reféns relamente é gravíssima, isso será também abordado e discutido. Mas o primeiro objetivo dessa reunião é cuidar das saidas humanitárias", completou.

"O que a reunião do Conselho de Segurança vai fazer é aproveitar a discussão das propostas que o presidente Lula fez sobre medidas de caráter humanitário. O mais improtante neste momento é permitir que os diversos Estados possam evacuar seus nacionais, sejam pessoas vivendo na região ou em turismo", disse.

Questionado se a reunião do conselho vai discutir esse ponto, Vieira respondeu que sim, mas ressaltou que a prioridade vai ser a ajuda humanitária.

Documento final

O ministro relatou que o Brasil não tem informações de que brasileiros tenham sido feitos reféns pelo Hamas. O grupo terrorista, ao fazer o ataque a Israel, capturou cerca de 150 pessoas.

Leia também:

Blog da Ana Flor: Brasil chama para sexta-feira reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre questão humanitária em Gaza

Mauro Vieira diz que proposta de corredor humanitário ligando Egito e Gaza foi bem recebida pelo secretário-geral da ONU

Autoridade Palestina condena pela primeira vez a violência contra civis no conflito entre Israel e Hamas

Composição do Conselho de Segurança

O Conselho tem cinco membros permanentes. Qualquer um deles tem poder de veto sobre qualquer decisão:

China

Estados Unidos

França

Reino Unido

Rússia

Os membros não permanentes ficam por dois anos. No momento, são:

Albânia

Brasil

Emirados Árabes Unidos

Equador

Gabão

Gana

Japão

Malta

Moçambique

Suíça

O Brasil é o segundo país que mais ocupou a cadeira de membro não permanente: 11 vezes. O Japão é o primeiro lugar.
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