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PF diz que Bolsonaro, ex-ministros e militares atuavam em seis núcleos em tentativa de golpe de Estado; entenda

O relatório da Polícia Federal que embasou a operação desta quinta-feira (8), que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros do governo dele, e militares afirma que o grupo agia em seis núcleos para organizar uma tentativa de golpe de Estado.

Por André Miranda

08/02/2024 às 10:44:29 - Atualizado há
O relatório da Polícia Federal que embasou a operação desta quinta-feira (8), que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros do governo dele, e militares afirma que o grupo agia em seis núcleos para organizar uma tentativa de golpe de Estado.

Ao todo, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos.

Segundo a investigação, o grupo se dividiu da seguinte forma:

Núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral;

Núcleo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado;

Núcleo jurídico;

Núcleo operacional de apoio às ações golpistas;

Núcleo de inteligência paralela;

Núcleo de oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos.

Entenda os núcleos

Núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral

A investigação afirma que o grupo seria responsável pela produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à lisura das eleições presidenciais de 2022.

A PF afirma que o objetivo era estimular seguidores a permanecerem na frente de quarteis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o Golpe de Estado.

Integrantes, segundo a PF: Mauro César Barbosa Cid, Anderson Torres, Angelo Martins Denicoli, Fernando Cerimedo, Eder Lindsay Magalhães Balbino, Hélio Ferreira Lima, Guilherme Marques Almeida, Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Tércio Arnaud Tomaz.

Núcleo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe de Estado

Segundo a PF, o grupo escolhia alvos para amplificar ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investigadas golpistas.

O relatório afirma que os ataques eram realizados a partir da difusão em múltiplos canais, e através de influenciadores em posição de autoridade perante a "audiência" militar.

Integrantes, segundo a PF: Walter Souza Braga Netto, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, Ailton Gonçalves Moraes Barros, Bernardo Romão Corrêa Netto e Mauro Cesar Barbosa Cid.
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