Ministro aposentado do STF foi anunciado para o Ministério da Justiça pelo presidente Lula. Ele vai ocupar o cargo no lugar de Flávio Dino. Anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo ministro da Justiça nesta quinta-feira (11), o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski afirmou à GloboNews que, na sua gestão, o Ministério da Justiça e Segurança Pública aumentará as atividades de inteligência e a coordenação entre as polícias do país para combater com mais eficiência a criminalidade organizada.
Segundo o futuro ministro da Justiça, a segurança pública receberá "especial atenção" da pasta.
"A segurança pública merecerá especial atenção do Ministério da Justiça sob minha gestão, que deverá expandir as atividades de inteligência e a coordenação entre as distintas autoridades policiais da União, estados e municípios para um combate mais eficaz, mais eficiente, à criminalidade organizada", declarou Lewandowski.
Lewandowski diz que vai aumentar atividades de inteligência no MJ
O ministro aposentado do STF vai suceder no cargo Flávio Dino, que foi nomeado por Lula e aprovado pelo Senado para ocupar uma cadeira no STF – ele deve tomar posse no cargo em fevereiro.
O anúncio do novo ministro da Justiça foi feito no Palácio do Planalto. Lula estava acompanhado de Lewandowski, Flávio Dino, e da primeira-dama, Janja da Silva. Segundo o presidente, a nomeação será publicada em 19 de janeiro e o novo ministro tomará posse em 1º de fevereiro.
Perfil
Antes de ingressar no STF, Lewandowski foi desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e juiz do Tribunal de Alçada Criminal do estado.
O ministro presidiu o STF de 2014 a 2016. Em 2016, como manda a Constituição, ele presidiu no Senado, na condição de presidente do STF, o julgamento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Lewandowski foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral nas eleições de 2010, a primeira em que vigorou a Lei da Ficha Limpa.
Quando se aposentou no STF, Lewandowski ocupava também a vice-presidência da Corte.
Além do Tribunal do Mercosul, após a aposentadoria, passou a integrar o Conselho de Assuntos Jurídicos da Confederação Nacional da Indústria (instância que preside) e a coordenar o Novo Observatório da Democracia da Advocacia-Geral da União.