Condução dos trabalhos foi do GAECO.
Por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), o MPSP deflagrou nesta sexta-feira (23/5) a segunda fase da Operação Apropriação Cultural. Os trabalhos resultaram na prisão preventiva do vereador Dalberto Christofoletti (PSD) de Rio Claro e na imposição, contra outras trĂȘs pessoas, de medidas cautelares como obrigação de comparecer mensalmente em juĂzo, proibição de se ausentar da comarca sem autorização e suspensão do exercĂcio de função pĂșblica ou atividade econômica que possa ser utilizada para prĂĄticas criminosas.
A Justiça deferiu ainda a expedição de mandado de busca e apreensão para a residĂȘncia do vereador, que teve sigilo telemĂĄtico quebrado também por determinação das autoridades.
A investigação apura a estruturação de uma organização criminosa que pode ter desviado pelo menos R$ 814.900,00 dos cofres pĂșblicos de Rio Claro. Segundo as apurações, o vereador, enquanto secretĂĄrio de Cultura, teria liderado um esquema em que empresas registradas nos nomes dos outros alvos da operação eram contratadas pela pasta. Os valores recebidos pelas pessoas jurĂdicas seriam, posteriormente, repassados para contas do parlamentar. Ainda conforme as informações levantadas pelo Ministério PĂșblico, o vereador recorreu a laranjas para continuar comandando a Secretaria de Cultura mesmo após deixar o cargo para concorrer a uma vaga na Câmara. A movimentação financeira do homem é considerada incompatĂvel com seus rendimentos declarados à Receita Federal.
DenĂșncia oferecida pelo Ministério PĂșblico acusa as quatro pessoas de envolvimento com peculato e organização criminosa.
O prefeito de Rio Claro serĂĄ intimado para suspender imediatamente qualquer repasse financeiro às empresas ligadas aos denunciados e qualquer função pĂșblica exercida por eles.
Enquanto a Câmara Municipal postou nota para prestar as devidas informações sobre a ocorrĂȘncia - a nota completa pode ser lida aqui.