O ministro Luís Roberto Barroso assume nesta quinta-feira (28) a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) com o perfil do diálogo mirando a celeridade. Ele já disse a interlocutores que deseja votos mais rápidos no plenário, seguindo modelos internacionais.
Um deles seria que o ministro relator de um tema votasse, e os demais que aderissem à tese somente acompanhassem, sem ler votos. E o mesmo aconteceria com o voto divergente.
Isso aceleraria as votações no plenário, mas a avaliação de ministros é que não será possível implementar de forma imediata. Há resistências. Alguns ministros leem isso como "proposta boa, mas que precisa de ajustes". E já há uma proposta em andamento e em diálogo interno.
A ideia é que os ministros votem "em bloco". Ou seja: o relator faz um voto maior, quem aderir ao entendimento do relator "agrega", fazendo votos menores, que não comecem a tese do zero. O mesmo valeria para o voto divergente.
Esse meio-termo tem avançado entre os ministros. E é bem-visto internamente porque gera diálogo antes da votação, reduz atritos, mapeia votos e acelera resultados.