Política G1 - Política

Com posse nesta segunda, Gonet monta equipe para pacificar o MP e virar a página da gestão Aras

O novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, toma posse nesta segunda-feira (18) e escolhe novos nomes para sua equipe mirando pacificar e virar a página no Ministério Público, acabando com a guerra entre grupos.

Por André Miranda

17/12/2023 às 20:16:29 - Atualizado há
O novo procurador-geral da República, Paulo Gonet, toma posse nesta segunda-feira (18) e escolhe novos nomes para sua equipe mirando pacificar e virar a página no Ministério Público, acabando com a guerra entre grupos.

Alexandre Feitosa vai ser seu vice-procurador-geral Eleitoral, e Raquel Branquinho comandará a Escola Superior do Ministério Público da União.

Gonet já havia definido também o seu sub na PGR. Hindemburgo Chateaubriand será o vice-procurador-geral, nome de sua confiança e seu amigo pessoal.

Hindemburgo é visto como procurador que tem o mesmo perfil de Gonet: garantista, pacificador e que buscará uma PGR sem operações pirotécnicas, mas rigorosa na proteção à democracia e contra a corrupção.

Senado aprova Paulo Gonet para PGR

Alexandre Feitosa e Raquel Branquinho são dois nomes que não tiveram atuação em operações criticadas tanto dentro da Procuradoria-Geral como no Congresso, como a Lava Jato. Os dois foram escolhidos na mesma linha definida por Gonet, de trazer equilíbrio e tranquilidade para a PGR, para que não haja uma divisão que prejudique os trabalhos do Ministério Público.

Gonet também já definiu sua secretária-geral. Vai ser mantida a atual, que trabalhou no período de Augusto Aras, a subprocuradora Eliana Torelly.

Paulo Gonet foi escolhido por Lula e teve 65 votos de senadores a favor de sua indicação pelo presidente da República. Ele contou com o apoio dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do STF, mas também de outros integrantes da Suprema Corte.

O nome de Gonet também foi bem recebido entre procuradores que eram opositores a Augusto Aras. Na avaliação de integrantes da Associação Nacional de Procuradores da República, o novo PGR vai trabalhar para unificar a categoria, o que é visto como essencial para fortalecer e melhorar a imagem do Ministério Público da União.

Durante o período Augusto Aras, que esteve no comando da PGR durante o mandato do ex-presidente Bolsonaro, o Ministério Público da União esteve em pé de guerra. Aras decidiu acabar com a Força Tarefa da Lava Jato e isolar os procuradores que nela trabalharam e os que a apoiaram nos últimos anos.

Isso criou um clima de turbulência dentro da PGR. Segundo um procurador, Augusto Aras instalou um período de perseguição dentro do Ministério Público.
Comunicar erro

Comentários Comunicar erro

O Jornal

© 2024 Copyrigth 2024 - O JORNAL, todos os direitos reservados.
Avenida 9 nº 625 - Sala 8 - Centro - Rio Claro - SP

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

O Jornal