G1 - PolÃtica
Nesta semana, Marck Zuckerberg, CEO da gigante de tecnologia, anunciou que encerrará programa de verificação de fatos e atacou tribunais de países latino-americanos. Lula cobrou responsabilização de pessoas por conteúdos postados em redes sociais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta-feira (9) mudanças anunciadas pela gigante da tecnologia Meta, dona do Facebook e do Instagram, no tratamento de conteúdos postados nas suas plataformas digitais.Questionado por jornalistas sobre as mudanças anunciadas por Mark Zuckerberg, CEO da Meta, na última terça-feira (7) o petista disse que os países devem ter suas soberanias "resguardadas". "Nós queremos, na verdade, é que cada país tenha a sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, não pode dois cidadãos, não pode três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação", afirmou Lula. O presidente também disse que vai fazer ainda nesta quinta-feira uma reunião para discutir a mudança de postura da Meta."Eu acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha mesma responsabilidade de um cara que comete um crime na imprensa escrita", completou Lula.Nesta semana, a Meta, dona do Instagram e do Facebook, anunciou que está encerrando o seu programa de verificação de fatos, começando pelos Estados Unidos. A empresa vai adotar as "notas de comunidade", em que os próprios usuários fazem correções — um recurso similar ao implementado pelo X, de Elon Musk.Em vídeo postado no Instagram, Zuckerberg firmou que os verificadores "têm sido muito tendenciosos politicamente e destruíram mais confiança do que criaram".E assumiu que, com o fim da verificação por terceiros, "menos coisas ruins serão percebidas" pela plataforma. "Mas também vai cair a quantidade de posts e contas de pessoas inocentes que, acidentalmente, derrubamos."Além disso, o CEO da Meta afirmou, sem apresentar provas, que "tribunais secretos" da América Latina "ordenam remoção silenciosa de conteúdos" em redes sociais.A fala foi interpretada por integrantes do governo Lula como uma indireta ao Supremo, que recentemente travou embates judiciais com o proprietário do X, Elon Musk.